Elsa Peretti, a mulher por trás da joalheria moderna.

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Ao falar sobre joalheria moderna lembranças de grandes marcas nos  vêm a cabeça, logo marcas, peças e campanhas tomam nossa memória. Mas quem criou e cria tudo isso?

Esse tipo de anonimato perante aos designers de joias foi algo muito comum durante muitas décadas, independente de quão talentosos fossem, as grandes casas não davam créditos e muitas vezes pediam até contratos de sigilo, por receio de seus concorrentes roubassem “a fonte” de suas ideias. 

Até uma mulher mudar isso.

De família italiana conservadora Elsa Perreti nasceu em 1940 em Florença, se mudou para Espanha em 1963 onde deu início a carreira de modelo. Se mudando para Nova York em 1968. Onde junto com a sua carreira nas passarelas já desenvolvia trabalhos como designer, o que imediatamente chamou a atenção de Giorgio di Sant’ Angelo, designer fashion que conheceu durante seus desfiles. Sendo um importante contato para outras parcerias, uma delas foi Halston com quem co-criou durante muitos anos. Halston então apresentou a designer para os “grandes” de Tifanny, onde logo em seguida se juntou como designer independente, em 1974. Fechando um contrato onde vinculava seu nome com as peças que criava.

Com tato super visionário Peretti soube captar as questões feministas da época junto com o movimento disco. E somado com a sua bravura e coragem pode realizar criações para mulheres iguais a ela; trabalhadoras, fortes e independentes, desejavam se sentir confiantes enquanto subiam as escadas das empresas corporativa que trabalhavam e ao mesmo tempo se sentir sexy e livre na pista de dança.

Foi capaz de interpretar as energias que ocorriam a sua volta e transformá-los em designers incríveis! Suas peças com estilo orgânico, esculturais, sensuais e cheias de poesia marcavam minimalismo e movimento.

“ESTILO É SOBRE SER SIMPLES”

Elsa Peretti

“Você não consegue pagar por ouro. E homens vão lhe dar diamantes. Então vamos usar prata”

Elsa Peretti
Lizza Minelli

Usando da prata como um meio de libertação, dada uma época onde uma “boa jóia” era dourada, cravejada de diamantes e dada por um homem. Reinterpretou os códigos da época e criava grande parte das peças em prata, sendo um marco para historia da joalheria. 

Suas peças foram revolucionarias e acima de tudo evolutivas, pois se tornaram coleções, foram reinterpretadas e nunca saíram de moda. Ainda são produzidas hoje e igualmente cobiçados, como eram quando foram introduzidos pela primeira vez. Hoje, aos 80 anos, Elsa Peretti com seus designs corresponde à 10% das vendas anuais da Tifanny.




Confira as suas principais criações:

“Pingente de garrafa”

Inspirado em uma viagem para Portofino onde Perreti encontrou meninas que carregavam gardênias, buscou através de um design criar alguma forma de que as flores não murchassem. Criou então uma peça minimalista e clean, características que marcariam todas as suas próximas criações.

“O punho de osso”

Interpretando as mudanças de papeis dos 70’s buscou através de suas criações proporcionar presença e bravura para as mulheres. Sua estética era um escape das peças comuns a época. A inspiração para o bracelete foi de uma de suas vivências da infância, quando encontrou um osso em uma igreja.

“Pingente coração aberto”

Provavelmente a sua criação mais conhecida! Com curvas suaves e sensuais o pigente faz sucesso entre todos os tipos de mulheres. Sua inspiração são as obras de Henry Moore.

“Diamantes pelo pátio”

A Tifanny pediu a Peretti que desenvolvesse algum design com diamantes. Um convite para uma jóia delicada e versátil. Algo não tão comum para artista. Foi então que ela criou uma peça única, posicionou 12 pequenos diamantes presos em engates de ouro em comprimentos irregulares em uma corrente de 90 cm.
A peça foi então apelidada de “Diamantes pelo pátio”, teve diversas variações de tamanhos, quantidades de pedras, tornando assim os diamantes mais acessíveis e versáteis.

“Pingente feijão”

Despretensiosa e com formatos orgânicos o pingente permitiu que mulheres pudessem ter uma jóia para usar todos os dias, versátil e simples. A inspiração para o design foi a analogia entre semente e vida.

“Colar de cobra”

Um peça marcante para a historia da desginer. Arrojada e versátil a cabeça da cobra também é um fecho e permite que o colar seja usado em comprimentos diferentes.

por Lucas Viceli
arte por Amanda Lima

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